Outro dia perambulando por Porto Alegre achei um vendedor de algodão doce sentado na porta do teatro São Pedro. O vendedor estava vestido a rigor, de terno e gravata borboleta.
E eu, bem mequetrefe que sou, fiquei pensando:
Por que estar vestido de forma tão formal e elegante?
Ainda existem muitos vendedores de algodão doce?
Você ainda compra algodão doce, pra você comer?
Que sonhos o vendedor, já idoso, carrega consigo?
Pois bem, são algumas questões que passei a pensar; o ambulante fica sempre pelos arredores do teatro, que é símbolo da cidade e em épocas passadas as pessoas vestiam-se muito bem para assistir aos espetáculos. Ir ao teatro era muito chique. E o vendedor está lá, firme e forte, como se parado no tempo com suas vestes elegantes. Hoje, temos mais teatros, locais menos formais e o público vai mais “descolado” aos eventos. É interessante vê-lo vendendo seus algodões doces.
Os vendedores, nos dia hoje, se concentram nos parques públicos, em frente do circo, nos zoológicos e em algumas praças. É raro ver algum deles pelas ruas, nas praças de alimentação de shoppings ou em shows e eventos.
... mas experimente saborear um algodão doce sentado num banco de parque, numa tarde de sol. É uma experiência que nos faz voltar à infância, uma saudade gostosa!
Além disso, o vendedor tem sonhos, anseios e desejos.
Seu “ganha pão” é a venda, é com esse dinheiro que ele transforma doces (não em gostosuras ou travessuras), em pão, leite, carne, roupa e moradia!
É isso!
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