sábado, 8 de janeiro de 2011

A volta do passageiro reality show


Há mais de uma década, os inícios de ano são movimentados na televisão com cada edição do Big Brother Brasil, apelidado de BBB! O reality show que faz muito sucesso em vários países chega à sua décima primeira edição brasileira. Essa última edição é muito parecida com a versão argentina.
Ao longo desse tempo já se viu de tudo na telinha. Foram ganhadores de muitos cantos do país. Um desfile da miscigenação e de sotaques. O BBB reúne uma fauna diversa. Homens e mulheres que querem ganhar a grana. Mas não é somente pelo prêmio de um milhão e meio de reais, a fama que vem junto com a exposição é uma das questões que mais atraem participantes.
Todo mundo ali está pronto para aparecer, ser exposto aos momentos mais íntimos: banho, depilação, troca de roupa, sexo, roncos e flatulências (o vulgo peidinho, pum, peido, etc.). São as chamadas celebridades instantâneas - tão efêmeras como um antiácido num copo d’água ( faz espuma, borbulha e logo se some na água). Ou alguém lembra quem ganhou o BBB1? O 2, 3, 4, 5? E por aí vai.
Quem entra no jogo tá pronto pra tudo, tá na pista, ou pelo menos deveria estar. Alguns dizem que não fariam isso ou aquilo, mas é só ter uma festinha, colocar álcool no corpo que os “puritanos” se transformam, “metem o pé na jaca” e “soltam a periquita”! Afinal precisam permanecer na casa, terem a simpatia do público, estar num grupo lá dentro do jogo e não irem pro “paredão”.
A cada ano aumenta o nível de dificuldades para a conquista do dinheiro, mas e o nível das pessoas e dos relacionamentos?! Bom, acho melhor você ver, afinal dizem os estudiosos que o ser humano gosta de ver, de ser voyeur, de assistir brigas, baixarias, cenas tórridas e picantes.
Com certeza a audiência aumenta quando corpos seminus estão tomando banho de sol, de piscina e de chuveiro, pois quase a totalidade dos participantes são saradões e gostosonas que deixam à mostra um peito, parte da bunda ou o bilau na frente das câmeras.
Tem de tudo, pessoas dos mais variados níveis intelectuais e sociais. Houve representantes da melhor idade, pessoas mais gordinhas ou magras demais, héteros, homo e bissexuais, drag e transexual.  A diversidade eu acho muito salutar, o problema é que vemos muito estereotipada essa mistura!
- Por que todo homem precisa ser saradão, pegador e troglodita?
- Por que toda mulher bonita precisa ser tão vulgar?
- Por que todo homossexual masculino precisa ser afetado?
- Por que uma lésbica precisa ser masculinizada, não saber andar de salto e nem se maquiar?
- Por que garota bonita precisa ser desprovida de inteligência?
Ano após ano as baixarias só aumentam. Lembram na última edição, era mulher dizendo que gostava de apanhar na cama, homem excitado e muita gente alcoolizada.
Claro que sei também que se tu não queres ver isso, basta trocar o canal, não comprar o paper-view ou desligar a televisão. Mas a questão é diferente, é sobre se precisamos apelar tanto. Será que “tudo vale a pena se a alma não é pequena?” Alma não sei se é, porque pernas, bíceps, seios e bundas não são pequenos no BBB!
Não sou daqueles radicais que não vão ver o BBB, vou assistir e ainda fazer comentários, textos, twittar e falar disso entre colegas e amigos. É o poder da TV, o assunto do momento.

Assim como as celebridades instantâneas, o BBB também é efêmero, passa nos primeiros meses do ano e depois tu esqueces!

É isso!

Um comentário:

  1. Basta trocar o canal, não comprar o paper view ou desligar a televisão, é bem o que eu faço.

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