terça-feira, 19 de outubro de 2010

A inveja mata!


Você já deve ter ouvido sua vovó falar alguma dessas frases:
- A inveja mata!
- Só se atiram pedras em árvores que dão bons frutos!

E eu, bem mequetrefe que sou, fiquei pensando, baseado em causos e contos comentados por vários amigos, principalmente nesse período de eleições que estamos passando.
(Há inveja, invenções de histórias, remexidas nos passados, confrontos religiosos e preconceitos de ambos os lados).

Tudo isso me lembrou as frases ditas muitas vezes por minha avó, quando eu era menor. Lembro dela contando suas peripécias durante a sua vida e como era invejada por muitos, mas que também tinha inveja...

E hoje será que isso existe mesmo? Ou será um dos 07 pecados capitais da igreja católica?
Será um sentimento do ser humano?
Deixando crenças e religiões de lado, o fato é que as pessoas invejam umas as outras.

E a inveja vem travestida de várias formas:
- há a inveja disfarçada de sonho, ou seja, “eu almejo exatamente aquilo que meu irmão, meu vizinho ou meu amigo tem ou comprou”.
- há aquela disfarçada de menosprezo: “eu não queria aquilo que ele tem, afinal minhas metas são bem maiores”. Ou, imagina que eu iria gastar tanto dinheiro naquele “troço”.
- há a inveja com um toque de submissão: “eu não quero o que ele tem porque não mereço. Ou ainda, eu não sou tão inteligente para ter isto ou aquilo”.
- tem um tipo de inveja que dói. Aquela que as pessoas te caluniam, inventam demonstram preconceito pelo que tu tens ou és.
- e a “invejinha do bem”, já viu isso? Balela, é inveja e pronto! Talvez uma forma mais meiga de alfinetar e desejar o que é do outro.

No complexo mundo do ter ou não ter o que é dos outros, existe o espaço para se desejar ser o outro. Exemplos não faltam, principalmente na ficção.
Tem a clássica da Branca de Neve e a Madrasta, mas esse tema abordo outro dia.
Nas novelas expressam bastante isso. Revendo a novela Vale Tudo, de 1988, no canal Viva constato a famosa inveja de Maria de Fátima (personagem de Gloria Pires). Maravilhosa no papel e extremamente malvada, a garota inveja tudo e todos, não medindo esforços para ter e ser o que não é. E na novela ela sofre, mas consegue o que quer, custe o que custar.
E na vida real? Será que não estamos rodeados de Maria de Fátimas? Será que ao nosso lado não estão pessoas que nos invejam? Será que nós não invejamos os outros?

Por muito tempo a segunda frase de minha avó – só se atiram pedras em árvores que dão bons frutos – fez parte de meu repertório!
Hoje, além dessa frase, uso outras:
- quando a nossa luz brilha demais, ofusca os olhos dos invejosos!
- gente é pra brilhar!

Descubra em você o seu brilho, não pegue carona na cauda do cometa de ninguém.


Como diz a minha tatoo:
Everybody is a star...
... don´t te my light turns off!

É isso!

Um comentário:

  1. E como há Marias de Fátima por aí, não só mulheres como muitos homens também.
    A madrasta da Branca de Neve é bem o retrato do sentimento da inveja.

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