segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A arte não imita a vida!


Hoje, na coluna do Túlio Milman, Informe Especial da Zero Hora, vi a foto do fechamento de um cemitério em Eldorado, motivo: lotação máxima!
Daí, bem mequetrefe que sou fiquei pensando:
- A arte imita a vida ou vice-versa?
Lembrei direto do caso do cemitério de Sucupira, de O Bem Amado. O famoso local que nunca podia ser inaugurado por seu prefeito Odorico Paraguaçu. Com a frase: “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”, Odorico foi levado à Prefeitura, mas o pior acontece. Desde que foi construído ninguém falece na cidade. Passam-se os dias e nada; não morre uma viv´alma na tórrida Sucupira! E a novela discorria, bem recheada de “Odoriquês”, e o cemitério era discursado assim: Esta obra entrará para os anais e menstruais de Sucupira e do país! No fim, é o próprio Odorico que inaugura seu cemitério, sendo assassinado!
Mas a realidade é bem diferente. Os cemitérios estão cheios. E não se vê todo dia obras de ampliação dos ossuários atuais. Também é menos comum a construção de novos empreendimentos para acomodar os sepulcros. Até porque é necessário a realização do EIA/RIMA , os estudos de impacto ambiental do empreendimento, e com isso audiências públicas e todo o controle de poluição.
Nesse contexto atual, a cidade de Eldorado desponta tendo seu cemitério super lotado! E colocou a placa avisando a comunidade que lá está cheio. Não adianta, se morrer, lá não será enterrado. E não vale insistir, nem protestar como no livro de Érico Veríssimo. Se morrer vai pra outro lugar, porque ali tá cheio!

É isso!

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Um comentário:

  1. Era cômico ver a atuação do Paulo Gracindo querendo inaugurar o cemitério.
    Mas pensando no problema principal. Alguma alternativa a Prefeitura de Eldorado terá que prever.
    Será que não existe alguma outra área em Licenciamento?
    E a opção de crematório, não foi averiguada?
    Morrer é inevitável e os mortos não poderão ficar vagando como as personagens da obra Incidente em Antares.

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